Trecho de entrevista com a nutricionista ortomolecular Cala Cervera, de Barcelona, Espanha
Um de seus temas favoritos parece ser a saúde intestinal. Você escreveu e deu palestras sobre a candidíase crônica e as infecções parasitárias. Esses temas despertam tanto assim o interesse das pessoas? Não são desequilíbrios minoritários?
- A presença desses desequilíbrios na população é altíssima. A quantidade de pessoas que passam anos cronicamente doentes e em quem não encontraram nada, já que nenhum exame acusava anomalia, e que no final foram diagnosticadas com depressão ou ansiedade e mandadas para casa para se acostumarem a viver com os sintomas, é muito grande... Conheci histórias que são de chorar.
O problema com esse tipo de desequilíbrios é, principalmente, que são pouco reconhecidos pela profissão médica espanhola. Ou seja, a candidíase, em geral, só é aceita se existir uma imunodeficiência, como no caso de pacientes com aids; se a pessoa está recebendo quimioterapia; ou se uma mulher sofre de "fungos" vaginais. Fora isso, esquece, pouquíssimos profissionais acreditam nela. E sem dúvida a candidíase crônica, incluindo a vaginal, se origina principalmente no intestino, e até que a pessoa deixe de alimentar o microorganismo, normalmente a Candida albicans, que está causando os sintomas, por mais óvulos vaginais e tratamentos sofisticados que lhe dêm não conseguirá debelar a infecção e em poucas semanas ou meses voltarão a surgir os sintomas.
Os parasitas, por outro lado, em raríssimas ocasiões são contemplados porque se assume que se você não viajou para algum país tropical é quase impossível infectar-se. Falso. Todos convivemos com parasitas e um organismo sadio sabe como proteger-se deles. Sem dúvida, a má alimentação, por exemplo baixa em vitamina B6 e zinco, impede a produção correta de ácido clorídrico no estômago, e ele é que se encarrega, entre outras coisas, de destruir qualquer parasita ou microorganismo não desejado. Há muitas pessoas sofrendo desses desequilíbrios sem diagnóstico. Não, não são minoritários. Em absoluto.
Um de seus temas favoritos parece ser a saúde intestinal. Você escreveu e deu palestras sobre a candidíase crônica e as infecções parasitárias. Esses temas despertam tanto assim o interesse das pessoas? Não são desequilíbrios minoritários?
- A presença desses desequilíbrios na população é altíssima. A quantidade de pessoas que passam anos cronicamente doentes e em quem não encontraram nada, já que nenhum exame acusava anomalia, e que no final foram diagnosticadas com depressão ou ansiedade e mandadas para casa para se acostumarem a viver com os sintomas, é muito grande... Conheci histórias que são de chorar.
O problema com esse tipo de desequilíbrios é, principalmente, que são pouco reconhecidos pela profissão médica espanhola. Ou seja, a candidíase, em geral, só é aceita se existir uma imunodeficiência, como no caso de pacientes com aids; se a pessoa está recebendo quimioterapia; ou se uma mulher sofre de "fungos" vaginais. Fora isso, esquece, pouquíssimos profissionais acreditam nela. E sem dúvida a candidíase crônica, incluindo a vaginal, se origina principalmente no intestino, e até que a pessoa deixe de alimentar o microorganismo, normalmente a Candida albicans, que está causando os sintomas, por mais óvulos vaginais e tratamentos sofisticados que lhe dêm não conseguirá debelar a infecção e em poucas semanas ou meses voltarão a surgir os sintomas.
Os parasitas, por outro lado, em raríssimas ocasiões são contemplados porque se assume que se você não viajou para algum país tropical é quase impossível infectar-se. Falso. Todos convivemos com parasitas e um organismo sadio sabe como proteger-se deles. Sem dúvida, a má alimentação, por exemplo baixa em vitamina B6 e zinco, impede a produção correta de ácido clorídrico no estômago, e ele é que se encarrega, entre outras coisas, de destruir qualquer parasita ou microorganismo não desejado. Há muitas pessoas sofrendo desses desequilíbrios sem diagnóstico. Não, não são minoritários. Em absoluto.
O livro de Cala H. Cervera sobre candidíase crônica está aqui. Valeu, Angela!
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